É uma doença inflamatória crônica, não contagiosa, que pode se manifestar na pele, nas unhas e nas articulações. Possui características clínicas muito variáveis e um curso recorrente, ou seja, tem grande chance de recidivar.
É uma doença muito frequente, no Brasil ela afeta cerca de 3 milhões de pessoas. A predisposição genética é um fator relevante na psoríase. A psoríase pode ocorrer em qualquer idade e geralmente tem início entre os 20 e 30 anos de idade. Pode acometer qualquer área da pele, incluindo áreas chamadas de especiais, como face, couro cabeludo, regiões de dobras, palmas e plantas dos pés. Existem diferentes formas clínicas de psoríase e qualquer forma clínica pode estar associada a artrite psoriásica (comprometimento das articulações).
A gravidade da doença pode ser estimada através da extensão da área corporal afetada e/ou pelo escore de avaliação de qualidade de vida, através do uso do índice de qualidade de vida dermatológico, podendo ser leve, moderada ou grave.
O tratamento é individualizado e atualmente há grande número de medicamentos disponíveis, desde cremes e pomadas específicos até medicamentos orais e injetáveis. Todo paciente com psoríase deve ser tratado, pois a psoríase é uma doença sistêmica, ou seja, a inflamação que ocorre na pele, também pode ocorrer internamente, afetando outros órgãos.
A psoríase hoje em dia já é chamada de Doença psoriásica, justamente pelo fato desta condição estar associada a aumento do risco de eventos cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e AVC, obesidade, diabetes, aumento do colesterol e triglicerídeos e de doença hepática gordurosa. Além disso, é uma condição associada a transtornos mentais, como ansiedade, depressão e tensão emocional.
Portanto, é uma condição de saúde que precisa de um tratamento adequado, com múltiplas abordagens, incluindo cuidados com a pele e com a saúde mental. Interromper o consumo de tabaco e álcool, controlar o peso, a glicose sanguínea, o colesterol e triglicerídeos são fundamentais.
Caso o paciente tenha queixas de dor articular ou dor lombar, dor no calcâneo é importante fazer uma avaliação em conjunto com o reumatologista. A Dra. Cristiane Cárcano acredita que o paciente que apresenta essa condição deve e merece ser tratado, pois há medicamentos seguros, eficazes e acessíveis, atualmente disponíveis no Brasil.