A pele é o maior órgão do corpo humano, representando mais de 15% do peso corporal. É um órgão de auto-renovação, com várias funções orgânicas que vão muito além de uma barreira física, do revestimento do organismo. Composta por 3 camadas (epiderme, derme e hipoderme), a pele tem função imunológica por ter um sistema imunológico ativo e preparado para atuar na defesa contra agentes agressores externos e contribuir na manutenção de uma pele saudável.

A pele regula a nossa temperatura corporal, nos permite ter sensações como o frio, o calor, o tato, e é responsável por preservar fluidos e impedir perda de água e de substâncias presentes em nosso meio interno. A pele atua na produção da vitamina D, uma vitamina essencial para a saúde dos ossos. Portanto, a pele possui várias funções consideradas fundamentais para a sobrevivência humana.

A pele ainda tem a função de nos proteger da radiação ultravioleta do sol através da melanina que é produzida em uma célula chamada melanócito e distribuída para as células da epiderme denominadas queratinócitos. Além das várias funções biológicas, a pele é um órgão psicossocial.

A pele reflete a nossa saúde interna. Algumas doenças de pele refletem alterações existentes em outros órgãos do nosso corpo. A relação da pele com a mente representa um exemplo de associação íntima entre a saúde física e a mental.

Alterações psicológicas podem levar a problemas cutâneos, assim como o estresse emocional pode afetar a evolução de doenças cutâneas pré-existentes. Devido ao aspecto da visibilidade das doenças dermatológicas e ao seu potencial impacto psicológico, o tratamento adequado de uma determinada condição dermatológica, como qualquer outro problema de saúde, não deve ser limitado apenas ao tratamento da doença.

Dra. Cristiane Cárcano acredita que uma abordagem mais ampla, incluindo o impacto que a doença dermatológica gera na qualidade de vida do paciente é fundamental para o manejo mais eficaz das dermatoses.