A acne, conhecida popularmente como espinha, é uma doença crônica multifatorial que cursa com cravos e lesões inflamatórias de intensidade variável, podendo acometer face, pescoço, as costas e os ombros. É uma doença que pode gerar um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. Acomete adolescentes, adultos jovens e até mesmo adultos após os 25 anos de idade.

O diagnóstico da acne é clínico e o tratamento envolve a avaliação da extensão e da severidade da doença. A acne leve pode ser tratada com medicamentos tópicos (gel e cremes de aplicação direta na pele afetada).

O cuidado com a pele envolve limpeza diária com sabonete antisseborréico e/ou antisséptico 2x/dia, e uso de fotoprotetores com FPS ≥ 30, especialmente indicado para peles acneicas (produtos à base de gel, gel creme ou loções não-comedogênicas (oil-free) aplicados 2 a 3X ao longo do dia. Evitar a exposição solar direta e desprotegida é importante durante o tratamento. Na acne moderada a grave, além dos cuidados gerais, é necessário associar medicamentos orais, como terapia anti-androgênica, antibióticos ou isotretinoína.

Muitas mulheres podem se beneficiar da terapia antiandrogênica, principalmente quando a acne está localizada na área inferior da face e no pescoço ou nos casos que pioram no período pré-menstrual. Os contraceptivos hormonais combinados são úteis no tratamento da acne moderada a grave, especialmente na associação de etinilestradiol com um progestágeno antiandrogênico como acetato de ciproterona, desogestrel ou drospirenona. Hoje, temos opções de tratamento com vários medicamentos.

O tratamento da acne deve ser individualizado e deverá ser mantido por tempo prolongado. Dra. Cristiane Cárcano recomenda que a acne deve ser tratada precocemente para evitar as complicações como as manchas escuras e as cicatrizes, marcas que podem permanecer e gerar grandes transtornos para os pacientes.